O prestígio da cortiça nos materiais orgânicos modernos
A moda e as tendências ligadas ao mercado global são, em grosso modo, passageiras e circunscritas no tempo. No que diz respeito à indústria do retalho moderno existe uma assumida aposta em estratégias que acompanham esta necessidade de consumo. Através do recurso a pequenos truques, tais como avanços de coleção ou inserção de novos produtos a meio da estação, consegue garantir-se o lançamento de novidades permanentemente.
Cada vez mais, este tipo de dinâmicas comerciais se aplicam a novos segmentos de negócio, não se cingindo à indústria da moda. Inspirações e tendências nas áreas da decoração, novidades em eletrónica de consumo, indústria automóvel e até em aplicações para smartphone, estão em constante mudança e, por essa razão, a “next thing” assume automaticamente na sociedade o papel de “next best thing”. De um modo geral, o consumidor associa diretamente “novidade” a “qualidade”.
Como fortes instrumentos potenciadores desta era de consumo instantâneo surgem as redes sociais. Basta recuar três anos no tempo para percecionarmos uma enorme mudança de hábitos, até mesmo na forma como cada um de nós se expressa no mundo virtual. Atualmente, incluímos o hashtag (#) intuitivamente em grande parte das interações que fazemos, o que antes não se verificava. Tendo em conta a força desta simples ferramenta, caso pretendêssemos colocá-la “ao serviço” neste artigo, a palavra eleita para o hashtag seria #cork, antes de mais, porque esta é a nossa matéria-prima e porque pertencemos à Corticeira Amorim, líder mundial no setor da cortiça e responsável pela divulgação massiva deste produto como resposta eficaz para múltiplas aplicações.
Ainda na temática “tendências e mudanças de paradigma”, convém referir que a própria cortiça é, hoje em dia, um material da moda, amplamente reconhecido por figuras mediáticas e influentes de todo o mundo. Para além de representar uma imbatível opção em questões ligadas à sustentabilidade (requisito cada vez mais valorizado), a cortiça é um material moldável, permitindo a sua adaptação a projetos muito distintos e até, em alguns casos, improváveis. A título de exemplo, o grupo WGSN – a maior autoridade em previsão de tendências do mundo, inteiramente voltada para as indústrias da moda e criativa – elegeu a cortiça como sendo uma tendência mundial para 2016, afirmando que esta viria a tornar-se num elemento de decoração privilegiado em móveis, estofos, revestimentos de parede, almofadas e cortinas.
Desta forma, a cortiça tem-se estendido (e prevê-se que assim continue) a novas áreas de negócio, mostrando que o limite é a imaginação humana. De entre os inúmeros usos – excetuando os mais tradicionais e conhecidos como as rolhas e as soluções para a área da construção – a cortiça destaca-se, sobretudo, em produtos ligados à decoração / design e retalho. A vantagem de alguns produtos destes segmentos é a facilidade de manuseamento que oferecem: através do conceito “Do It Yourself” (DIY), qualquer consumidor pode levar a cabo um projeto pessoal de decoração.
Todo o universo de produtos em cortiça reflete a sua personalidade, 100% natural, reutilizável e muito resistente. Seja em que formato for – mais ou menos espessa, em granulado ou ao natural –, a cortiça transfere para a aplicação final características que lhe são intrínsecas, tais como impermeabilidade, isolamento térmico e acústico, toque suave e confortável, resiliência e durabilidade. Mesmo que o projeto onde se insere seja meramente decorativo, acabará por tirar benefícios adicionais por conter cortiça. Para 2017, augura-se que a cortiça cative um lugar de prestígio no leque de novos materiais orgânicos, representando uma solução intemporal, mas ao mesmo tempo moderna, que responde favoravelmente às necessidades da indústria e dos consumidores.