Controlo de vibrações e ruído na indústria elétrica
Aplicação da cortiça no controlo de vibrações e ruído de transformadores e reatores elétricos
Casos de estudo sobre os benefícios da aplicação de cortiça no controlo de vibrações e ruído de transformadores e reatores elétricos Casos de EstudoA instalação de transformadores e reatores elétricos acontece cada vez mais em áreas residenciais onde são impostos requisitos rigorosos em relação ao ruído. Intensificou-se assim a necessidade de produzir equipamentos que não só garantam um bom desempenho a longo prazo, mas também que alcancem um maior controlo de vibrações e consequente redução do nível de ruído.
É comum associar o uso de materiais compostos inteiramente por borracha para garantir este controlo de vibrações, porém, a utilização destes materiais levantam diversos problemas na sua aplicação e no isolamento da vibração.
Isto acontece porque não se tem em consideração as características do sistema como um todo. Ter em consideração características como o ambiente e a temperatura envolvente, a rigidez do material ajustada à carga, a área total da superfície, a transmissibilidade do material e o fator de forma, é essencial para garantir a escolha de um bom material que atinja todos os resultados pretendidos.
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A utilização da cortiça para garantir melhores resultados
As soluções desenvolvidas pela Amorim Cork Composites para a indústria elétrica são compostas por uma combinação de cortiça com borracha. Ao juntar a cortiça com outros materiais, que são resíduos de outras indústrias, damos vida a novas matérias, criamos novos produtos e ao mesmo tempo cuidamos do planeta.
A cortiça é uma matéria-prima 100% natural, renovável e reciclável, e apresenta características como: elasticidade, controlo de vibrações, resistência química, absorção do choque, flexibilidade, instalação e processo amigável, impermeabilidade a líquidos, resistência térmica e performance.
A sua estrutura celular cheia de ar contribui para a função de amortecimento ao dissipar a energia da vibração, resultando em fatores de perda de energia mais elevados quando comparados com materiais 100% de borracha. Esta dissipação da energia da vibração leva a uma maior redução do nível de ruído, maior vida útil da máquina ou ferramenta e bloqueio da transmissão de vibrações para as zonas envolventes.
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A presença de cortiça nestas soluções tem também um impacto positivo no fator de forma em relação às borrachas. Enquanto as borrachas são consideradas incompressíveis e requerem espaço para deslocar o volume comprimido, a fórmula de borracha com cortiça desenvolvida pela Amorim Cork Composites desloca muito menos volume devido à compressão interna da cortiça (menor coeficiente de Poisson), permitindo uma maior tolerância ao fator de forma, o que afeta a robustez do design.
Casos de Estudo
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Caso de Estudo I
Aplicação: Transformador de potência (40MVA) com peso de 32tons exposto ao meio ambiente com um nível de ruído inicial de 62dBA.
Objetivo: Reduzir o nível de ruído em 3dBA.
Solução: Dimensionamento do PAD antivibrático, através da utilização da solução Amorim T&D VC6400, na dimensão de 900x200x40mm. Esta solução foi escolhida por se tratar de uma aplicação no exterior em contacto com o meio ambiente.
Após a aplicação da solução o transformador de potência obteve uma redução de 5dBA no nível de ruído, uma melhoria consideravelmente significativa quando comparada com o valor de referência.
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Caso de Estudo 2
Aplicação: Transformador de distribuição em contacto com óleo.
Objetivo: Reduzir o nível de ruído e de vibração.
Solução: Após uma avaliação da estrutura interna do transformador (parte ativa), de forma a identificar as fontes de ruído, introduziu-se o Amorim T&D VC2100 como PAD antivibrático e também solução de desacoplamento do núcleo. Esta solução permitiu uma redução de 3.9dBA do nível de ruído do transformador.
Sabia que…
…a cortiça atinge o desempenho técnico exigido pelo mercado mantendo as credenciais de sustentabilidade, uma vez que os sobreiros são importantes sequestradores naturais de carbono?
Estima-se que por cada tonelada de cortiça produzida, as florestas de sobreiros podem sequestrar até 73 toneladas de CO₂.