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WOW: Cortiça exibe mais de 9 mil anos de história da humanidade

WOW: Cortiça exibe mais de 9 mil anos de história da humanidade

Entrevista a Emma Lochery, curadora e designer do museu The Bridge Collection Blog

O quarteirão museológico e cultural do WOW – World of Wine –, no Porto, tem um museu que retrata mais de 9.000 anos de história e evolução dos copos. Numa viagem que remonta ao ano 7.000 a.C, o museu “The Bridge Collection” reúne mais de 1.800 peças que contam a história do Homem e da Humanidade através destas peças tão comuns e ao mesmo tempo tão distintas, que integram a rotina do dia-a-dia e que ganham relevo em rituais, celebrações e comemorações.

Para exibir esta coleção histórica, a cortiça foi o elemento escolhido por se tratar de um material natural, discreto e sustentável, que enaltece as peças expostas. A Amorim Cork Composites foi o parceiro escolhido para desenvolver os expositores do museu.

Conversámos com Emma Lochery, curadora e designer do museu “The Bridge Collection”, para saber mais sobre a importância da utilização da cortiça num espaço dedicado à história da Humanidade.

Porquê a cortiça?

Como curadora do “The Bridge Collection”, o meu objetivo foi conectar o museu e a coleção de uma forma envolvente e acessível, e num espetro mais amplo, conectar a exposição física com a narrativa e a história da coleção.

Neste sentido, procurei unir a arte e a ecologia. A cortiça oferece ambos, sendo um produto sustentável que oferece uma experiência visual única e marcante.

Além disso, e além da utilização como matéria-prima para os expositores, defendi desde o primeiro dia que a utilização da cortiça no piso do museu seria fundamental, não só pelas suas características naturais e sustentáveis, mas também pela sua capacidade excecional de diminuir o ruído, adicionando, ainda, um conforto extra ao piso. Estes são apenas pequenos pormenores que fazem toda a diferença e que melhoram a experiência do visitante.

Quais os critérios para a utilização de cortiça para os expositores do museu?

Existem materiais específicos que podem e não podem ser utilizados ​​em museus. O protocolo de conservação é a chave fundamental para a preservação de uma coleção. De uma forma geral, não é permitido utilizar produtos, colas ou tintas, por exemplo, que possam liberar químicos, uma vez que poderão danificar os materiais da exposição.

A matéria-prima fornecida pela Amorim Cork Composites é notavelmente neutra e cumpre os critérios de conservação exigidos. Desta forma, a cortiça, que é um produto estável, durável e amigo do ambiente, cumpriu todos os requisitos necessários, além de acrescentar um visual único e elegante.

Durante a fase de design e desenvolvimento dos expositores, optámos por produzir um sistema de encaixe que não exigisse cola ou fixação. Desta forma, o expositor é totalmente natural, sem qualquer adição de químicos – o que é ótimo para assegurar as condições de conservação dos copos – desde os antigos recipientes feitos de terracota não vitrificada até aos metais preciosos.

“A cortiça, que é um produto estável, durável e amigo do ambiente, cumpriu todos os requisitos necessários, além de acrescentar um visual único e elegante.”

Emma Lochery

Cortiça e copos ancestrais são uma boa combinação?

A história da cortiça está intrínseca e romanticamente ligada ao vinho e aos copos de bebida desde os tempos mais antigos até aos dias de hoje.

Aquando do início deste projeto, visitei a Amorim Cork Flooring para analisar a variedade de opções de pisos existentes, e, mais tarde tive a oportunidade de visitar a Amorim Cork Composites. A multiplicidade de soluções vindas de uma única matéria-prima foi incrível.

A partir daqui, e em estreita colaboração de investigação e design com a designer da Amorim Cork Composites, Raquel Laranjeira, desenvolvemos uma solução para as estruturas que manteriam a coleção em condições ambientais estáveis ​​dentro da caixa de vidro, ao mesmo tempo que destacámos a coleção de uma forma elegante para os visitantes.

A tríade vidro-cortiça-vinho é toda a narrativa que envolve o WoW, pelo que a combinação desta matéria-prima tão nobre e tão portuguesa foi uma escolha certeira.

Qual acredita ser o futuro da aplicação da cortiça em museus?

À medida que museus de todo o mundo procuram formas adicionais de incorporar elementos sustentáveis ​​nas suas instituições, a diversidade de utilizações que a cortiça oferece para ajudar a alcançar o estatuto de rótulo ecológico sem comprometer visualmente a exposição, torna a cortiça um produto do futuro que já está aqui hoje.

Esta é uma matéria-prima com uma vasta multiplicidade de utilização. Já vi instalações muito interessantes da Amorim no Tate Modern e no Victoria & Albert Museum, em Londres, vi-a, também, a ser utilizada como estrutura de suporte do Vitra Design, na Alemanha. O desafio do “The Bridge Collection” foi colocar a cortiça no expositor, o que acabou por resultar muito bem.

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